Uma possível luta entre a campeã peso-pena e holandesa Germaine de Randamie e Cris Cyborg não deve mesmo acontecer. Enquanto a brasileira já pediu de todas as formas uma oportunidade de lutar pelo cinturão de sua categoria de origem, a adversária não dá qualquer sinal de que aceitará o duelo. E foi além. Em dois posts nesta segunda-feira em sua conta no Instagram, Germaine aponta que seu próximo passo é voltar à divisão dos galos.
– Durante as negociações da luta com Holly Holm, disse antecipadamente que depois dela queria retornar à minha categorial de peso natural, de 61 quilos. Minha missão ainda não foi concluída. O UFC me prometeu que isso não seria problema e que posso apenas voltar à minha categoria de peso – escreveu, em holandês.
A lutadora de 33 anos também não deixou de citar o nome de Cyborg, e disse ter aceitado enfrentar a brasileira quando lhe foi oferecida a luta pelo cinturão inaugural da categoria peso-pena. Agora, dona do título, não pretende fazer o mesmo, e citou os problemas de Cyborg com a USADA (Agência Antidopagem dos Estados Unidos).
– A luta entre mim e Cris Cyborg me foi oferecida em novembro passado. Mesmo com todas as reservas a ela, aceitei a luta. Cris Cyborg rejeitou porque não poderia bater os 66 quilos em 12 semanas. Um mês depois, ela foi visitada pela USADA e não passou no teste. O resto da história é conhecido. Minha razão para rejeitar a luta agora não tem nada a ver com medo. Acredito que, se você quiser fazer esportes, você faz isso sem qualquer interferência em sua massa muscular. Eu – como uma atleta top – sempre treinei, sempre cuidei da minha comida e coloquei 18 anos da minha vida nos esportes sem usar algo que não é permitido.
A campeã peso-pena se referiu à suspeita de violação da política antidoping levantada pela USADA contra Cyborg em dezembro passado, da qual a brasileira foi absolvida em fevereiro deste ano, quando demonstrou que a substância encontrada, espironolactona, era necessária num tratamento médico para se recuperar de um corte de peso difícil em sua última luta. Cyborg só foi flagrada e condenada por doping uma vez em sua carreira, em 2011, por uso de estanozolol em uma luta pelo Strikeforce.
Na mesma postagem, Germaine ainda disse que terá uma consulta no próximo mês para saber se vai operar, de fato, a mão.
– Tenho uma consulta com o médico em 14 de junho, e será decidido se devo ou não operar. Esta opção (da operação) deve ser considerada, porque há uma grande chance de que meus tendões/nervos podem ter danos que eu não poderia usar a minha mão da melhor forma – completou.
Com um cartel de sete vitórias e três derrotas, Germaine de Randamie foi campeã peso-pena no dia 11 de fevereiro, quando venceu Holly Holm por decisão unânime. Já Cyborg fez sua última luta em setembro de 2016, quando venceu Lina Lansberg por nocaute. A brasileiro tem 17 vitórias, uma derrota e uma luta sem resultado, esta quando acabou pega no antidoping. Fonte da notícia: www.combate.com